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Joana Vasconcelos está de volta com a sua exposição mais ambiciosa até à data.

Presente no Palácio Nacional da Ajuda, esta exposição surge no âmbito de uma parceria inédita entre a Direcção-Geral do Património Cultural e a empresa Everything is New, associada à promoção de eventos musicais.

As obras que estarão em exposição, no seu total 37, representam a última década de trabalho desta artista. 
É uma reunião de algumas das peças mais conhecidas, entre elas obras dispostas em Versalles em 2012 como "Perruque" ou "War Games", mas também novas criações nunca antes expostas, como "Vespa" e "Lilicoptère".

Miguel Amado, curador desta exposição, admite que esta é uma exposição que «vai mais longe» do que a que esteve presente em Versalles. As obras estarão expostas no aposentos reais do Palácio, conseguindo-se, desta forma, um confronto entre o moderno olhar de Joana Vasconcelos e o carácter antigo das salas, entre o Portugal do passado e Portugal do presente.

Com preços que podem variar entre os 4€ e os 24€, esta exposição imperdível estará no Palácio Nacional da Ajuda já a partir de dia 23 de Março e lá ficará até 25 de Agosto, em horários alargados. Conta ainda com a novidade da "fast lane" para uma visita num percurso prioritário. 

Por isso, não faltem!

Mais informações aqui

Fontes: http://lazer.publico.pt/; http://www.publico.pt/; http://www.ipmuseus.pt/

Escrito por: Maria Inês Santos
 
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Calcula-se que no mundo inteiro existam 12 mil milhões de armas, quase o dobro de pessoas que habitam o planeta. E as estatísticas ficam ainda mais assustadoras, nos últimos dez anos foram mortos a tiro 359 jornalistas no cumprimento das suas funções, por ano são mortas 66 mil mulheres e 42% dos homicídios são cometidos com recurso a armas de fogo.

Estes são alguns dos dados que nos são apresentados em “A exposição que não devia existir”. A exposição visa alertar para a votação do Tratado de Regulação do Comércio de Armas pelas Nações Unidas e foi criado pela “Leo Burnett Lisboa” e pela “Take It Easy” para a ONG “Control Arms”.

Na exposição é possível observar telas que, se numa primeira impressão parecem ter uma natureza abstracta, são exemplos muito concretos das consequências da proliferação, sem controlo, de armas. Cada quadro mostra um padrão de disparo e nas etiquetas dos quadros e respectivos QR codes podemos encontrar informação sobre o título e autor da obra, a técnica, o teste de balística e o vídeo do making of. Mais do que arte, estas telas representam histórias reais do tráfico de armas.

Assim, as três telas manchadas a sangue que vemos correspondem aos padrões resultantes de três mortes a tiro que foram registadas em câmara: um repórter de guerra assassinado por um grupo terrorista, uma estudante violada e assassinada por um gang e uma menina que foi vitimada por uma bala perdida.

A técnica utilizada é idêntica à simulação de um disparo: são colocados bonecos, que contêm no seu interior líquido parecido com sangue, em frente a cada uma das telas e, à semelhança das situações descritas acima, é feito o disparo, replicando o padrão de sangue.

A exposição começou no Museu da Electricidade, onde só ficou por duas horas e teve aqui início por a “Control Arms” considerar que o controlo de armas é muito pouco discutido em Portugal. Segue agora para Nova Iorque, onde estará exposto entre os dias 18 e 28 de Março na sede da Onu. Neste período e local irá decorrer a votação para o Tratado de Regulação do Comércio de Armas a nível mundial. Assim, aquando da conferência de imprensa, no dia 18, será possível ver esta exposição.

"A exposição que não devia existir” cujo nome é facilmente compreendido, é uma chamada de atenção para o meio milhão de pessoas mortas com armas de fogo todos os anos. Para quem não foi a tempo ao Museu da Electricidade poderá aceder à mostra em qualquer altura e lugar através do site www.shouldntexist.com. Infelizmente, também é possível ver estas representações numa qualquer parede de um cenário de guerra ou numa rua que cruzemos. 

Fontes: ionline.pt; briefing.pt; dinheirovivo.pt

Escrito por: Ana Lapa