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A Casa Fernando Pessoa (CFP), em campo de Ourique, Lisboa, acolhe pela primeira vez, e no ano em que se celebram 125 anos do nascimento do poeta, o Festival Desassossego.
Apresentado pela instituição como “um encontro de poesia luso-brasileira, acompanhada por outras linguagens, como o vídeo, a música e as artes plásticas”, o festival teve inicio nesta terça-feira e prolonga-se até à próxima quinta, com a exibição de filmes, leituras, debates e a apresentação do livro “Fernando Pessoa & Ofélia Queiroz: correspondência amorosa completa 1919-1935”, coordenado por Richard Zenith, distinguido o ano passado com Prémio Pessoa.
Esta obra foi publicada no Brasil pelas Edições Capivara e vai ser, agora, em Portugal, com a chancela da DinaLivro, com apresentação na quarta-feira às 17h00.
A iniciativa abriu esta terça-feira pelas 16h00 com a exibição do filme brasileiro “Pessoa, Pessoas”, seguido da sessão inaugural com a participação da directora da CFP, Inês Pedrosa, do embaixador do Brasil em Lisboa, Mário Vilalva, do presidente da Câmara Municipal, António Costa, e da vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto. Ao longo dos três dias de Festival vão passar por esta casa, na rua Coelho da Rocha, poetas, literatos, especialistas na obra plural de Fernando Pessoa e actores, entre eles, Amílcar Bettega, Gastão Cruz, Golgona Anghel, Jacinto Lucas Pires, José Luís Peixoto, Maria Manuel Viana, Maria do Rosário Pedreira e Teolinda Gersão.
Na quinta-feira, estão previstos, entre outras actividades, dois debates e um concerto de Jorge Palma, às 21h30, a fechar a programação. O primeiro debate intitula-se “Literatura e Jornalismo, amantes da travessia”, vai ser moderado por Patrícia Reis e conta com a participação de Bia Corrêa do Lago, João Gabriel de Lima, José Carlos de Vasconcelos e Rui Zink. O segundo, “Há uma poesia de língua portuguesa?” será moderado por Inês Pedrosa e conta com a participação de Antonio Cicero, Fernando Pinto do Amaral, Nuno Júdice e Teresa Rita Lopes.
A Casa Fernando Pessoa, inaugurada em 1993, é um equipamento cultural onde se realizam diversas actividades como concertos, exposições de artes plásticas, colóquios, espectáculos, e tem uma biblioteca especializada em Poesia. Este foi o prédio onde autor de “Livro do Desassossego” morou durante os seus últimos quinze anos de vida.


Escrito por: Sílvia Malheiro



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