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A curta metragem Tabatô, de João Viana, estará presente no Festival de Cinema de Berlim onde  luta pelo Urso de Ouro (que na edição anterior foi para João Salaviza pelo filme Rafa).

Durante a sua estadia em Berlim, numa conversa com um violinista alemão sobre uma ‘aldeia mística’- Tabatô -  habitada unicamente por músicos, João Viana sentiu o impulso de ir a Guiné-Bissau verificar a sua existência.

Ao fim de muitos meses e várias visitas a Tabatô, já vivia de forma semelhante a todos os seus habitantes, cumplicidade que resultou inicialmente na curta Tabatô e depois, como "ainda havia algum dinheiro" e um enorme apego emocional, na longa-metragem A Batalha de Tabatô. "Quis filmar o contrário do que a delegação da RTP mostra, uma realidade só de guerra…os africanos têm uma história completamente diferente daquela que nós contamos sobre eles", afirma Vieira.

De notar que o seu trabalho na longa também será recompensado, tendo a mesma exibição marcada no Festival na seção Forum, dedicada a áreas mais experimentais (onde também está Terras de Ninguém, de Salomé Lamas).

Relativamente à enorme expetativa João Viana diz que sente a pressão, mas que: "A felicidade talvez seja só isso: não querer a lua quando se tem o privilégio de pousar nela".

Escrito por: Sofia Gomes



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